quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ilusionistas



Sozinha no silêncio da madrugada olhava pras ruas, agora vazias, e lembrava de como eram cheias ao dia.
O vento da noite bagunçava seu cabelo ao mesmo tempo em que a lua refletia em seus olhos, cansados e tristes.
Nem se lembra da última vez em que teve o sono normal, acostumara-se com nascer do sol, que lhe desembaralhava a mente. Admirava com calma e atenção todos os tons que o céu pode ter...
Tons vivos, quentes, que lhe lembravam dos momentos íntimos; Os quais nunca compartilhou com ninguém, a não ser seu amado. Que sem suspeitar, perdia o encanto, o brilho de príncipe, as palavras confortadoras que a interessavam. Agora não passava de um qualquer, mais um na fila de pessoas que destruíram seu coração, se revelaram tenebrosas, putrefatas e incapazes de amar alguém.

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